SAÚDE SUPLEMENTAR - Planos de Saúde combatem preços abusivos de materiais e procedimentos desnecessários
Quando se menciona um plano de saúde, o primeiro pensamento que vem à mente do
consumidor é o preço elevado. Porém, é preciso observar vários fatores que constantemente
elevam os custos de qualquer empresa que oferece serviços de assistência médica ou
odontológica e que abalam sua saúde financeira. Há muitas agravantes que acabam onerando
a conta da empresa e, por consequência, também do usuário.
“Tem havido, por exemplo, uma série de casos de procedimentos desnecessários que, inclusive,
colocam em risco a vida do paciente, podendo até deixar sequelas. Alguns planos de saúde
estão atentos a este fator recorrente e estão adotando procedimentos cíveis e criminais para
combater esse tipo de irregularidade. Outro fator importante, e que merece uma investigação
profunda é a utilização de materiais para cirurgias, como pinos, próteses, entre outros”.
De acordo com o advogado, existe uma norma da ANS (Agência Nacional de Saúde Suplementar)
informando que o médico deve escolher o material que pretende utilizar, devendo indicar três
fornecedores diferentes. “O que ocorre é que muitas vezes uma prótese, por exemplo,
de R$ 5 mil, seria ideal para atender aquele procedimento e, na realidade, o material escolhido
é o que tem um valor muito superior. Há indícios, em alguns casos, de superfaturamento de
materiais. Todos estes abusos acarretam um novo aumento de custos para as operadoras de
serviços de saúde e, mais uma vez, o usuário também paga a conta”, diz o advogado.
“Portanto, para que as empresas não sejam lesadas e, por sua vez, o usuário do plano de saúde
não seja prejudicado, é fundamental que as operadoras se unam para punir, dentro do rigor da
lei, aqueles que atuam de forma desonesta e prejudicam tanto quem oferece o serviço, quanto
quem o recebe. Temos tido no escritório alguns casos e já estamos tomando todas as
providências junto aos diversos órgãos de várias esferas para punir os infratores”.
Por outro lado, é importante também a contribuição do usuário. Antes de realizar qualquer
procedimento, o ideal é consultar uma segunda opinião para verificar todas as possibilidades
cientificamente reconhecidas, o que dá a este paciente o direito de aceitar ou escolher o
tratamento que melhor lhe convier. “Esclarecer dúvidas, questionar e informar-se sobre os
procedimentos recomendados para cada caso ajuda a aumentar a segurança e evita
procedimentos desnecessários e até a utilização de materiais com preços abusivos”. |
13/02/2014
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