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IMPORTANTE - EM DEBATE O REAJUSTES DOS PLANOS DE SAÚDE E OS GASTOS ASSISTENCIAIS

Uso de serviços atinge maior proporção desde 2007 e despesas crescem mais que receitas O gasto dos planos de saúde em relação ao total arrecadado com mensalidades, índice conhecido como sinistralidade, atingiu 85,4% no terceiro trimestre de 2013, segundo um estudo divulgado nesta terça-feira (29) pelas grandes empresas do setor. O resultado é o maior desde 2007 – pelo menos – e sustenta a crítica das operadoras aos limites de reajustes de mensalidades impostos pela Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS). Hoje, as operadoras podem reajustar livremente as mensalidades dos planos coletivos, que são usados por 78,7% dos clientes de planos de assistência médica do País. A ANS apenas impõe regras mais rígidas para os planos de até 30 vidas e só impõe um teto de aumento, efetivamente, para os planos individuais – que algumas empresas deixaram, inclusive, de oferecer. "O índice de reajuste anual regulado pela ANS, definido para o mercado de saúde suplementar, não acompanha o aumento dos gastos com a incorporação de novas tecnologias e o incremento na utilização de novos procedimentos", afirma a Federação Nacional de Saúde Suplementar (Fenasaúde), no estudo divulgado nesta terça-feira (29). Os dados tabulados pela entidade apontam que as receitas dos planos de saúde com as mensalidades cresceu 11,6% nos nove primeiros meses de 2013 ante o mesmo período de 2012, para R$ 81,6 bilhões. Jà as despesas assistenciais – aquelas feitas para pagar os tratamentos dos clientes – subiram 13,7%. para R$ 67,1 bilhões. Ainda assim, as operadoras arrecadaram R$ 501 milhões a mais do que tudo o que gastaram no período – o que inclui também despesas de administração e tributárias. Além da maior utilização de serviços, a Fenasaúde afirma que a elevação dos gastos com saúde no Brasil decorre da incorporação de novas tecnologias "sem a comprovação de custo-efetividade." Mais gastos Cresce a porcentagem da arrecadação dos planos gasta com clientes - índice conhecido como sinistralidade ANS diz que impacto é pequeno nos planos individuais Em nota, a ANS afirmou que monitora a frequência de utilização de novas tecnologias e procedimentos, e que o impacto da inclusão deles no Rol de Procedimentos – lista mínima de serviços que devem ser oferecidos a todos os clientes – tem sido pequeno nos reajustes dos planos individuais. "No reajuste de 2013 [que teve teto de 9,04%], por exemplo, foi de 0,77%", afirma a agência. A ANS destacou, ainda, que todos os novos procedimentos incluídos no Rol são discutidas em consultas públicas. "A última delas, ocorrida em 2013, resultou em 7.340 contribuições, metade delas de consumidores, e todas foram devidamente analisadas antes da divulgação do novo Rol", diz a nota



30/04/2014