IMPORTANTE - ENTENDA O PROBLEMA DA INSTRUMENTAÇÃO CIRÚRGICA
Nos últimos anos, a instrumentação cirúrgica vem situando-se como peça importante na equipe para
a realização de procedimentos médicos. Apesar de ter alcançado este reconhecimento, ainda há
muito o que ser ajustado.
Assim como cresce o trabalho deste profissional na equipe, os problemas em relação a ele têm
aumentado, principalmente porque não há ainda uma forma adequada de remuneração. As tabelas
de honorários médicos (CHPM ou AMB) que são adotadas pela maioria dos convênios médicos, não
contemplam estes pagamentos.
Há alguns anos atrás, a Associação Médica Brasileira tentou normatizar, indicando que o valor
deveria ser de 10% do valor da cirurgia. Entretanto, há uma insatisfação do profissional quanto a
estes valores, pois em alguns casos é uma remuneração não condizente com o trabalho realizado e
isto faz com que ninguém o pratique.
Essa ausência de regulamentação resulta em grandes discrepâncias de cobranças e falta de
padronização. Alguns exigem pagamento antes do procedimento, outros permitem que seja após.
Em determinados casos, o médico recebe os honorários referentes à instrumentação, em outros, é o
hospital. E os valores variam de forma absurda: há profissionais que cobram até 400% a mais do que
outros.
Muitas vezes, cirurgias são desmarcadas ou adiadas porque o paciente – segurado de um plano de
saúde – não acha justo este pagamento. E então, ocorre o conflito “instrumentador x segurado x
plano de saúde”. Na maioria dos casos, o beneficiário realiza o pagamento para depois ser
reembolsado pelo convênio.
Entretanto, a falta de regulamentação prejudica a todos os envolvidos neste processo: operadoras de
planos de saúde que não podem contar com a uniformidade dos valores cobrados, os próprios
instrumentadores que não têm legislação que garanta seus direitos e pacientes, que precisam arcar
com despesas obrigatórias mesmo contando com plano de saúde.
É necessário que ANS, associações médicas e entidades de classe que representam os profissionais
de instrumentação cirúrgica entrem em acordo para que a lacuna seja preenchida e que haja
regulamentação. Assim, as operadoras de saúde poderão fazer o pagamento devido a esses
profissionais que são fundamentais na rotina médica e os pacientes poderão ficar tranquilos de que
não terão despesas extras na hora de realizar um procedimento cirúrgico.
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11/09/2014
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