NOTÍCIA IMPORTANTE - PLANOS DE SAÚDE DEVEM TER DESPESAS MAIS ALTA QUE RECEITA EM 2014
As operadoras de planos de saúde no Brasil gastaram R$ 48,8 bilhões com despesas assistenciais no
primeiro semestre de 2014, representando aumento de 15,6% em relação ao mesmo período do ano
anterior, quando as despesas assistenciais foram de R$ 42,3 bilhões. Os números constam na Nota de
Acompanhamento do Caderno de Informações da Saúde Suplementar (Naciss), produzido pelo Instituto
de Estudos de Saúde Suplementar (IESS) com base nas informações da ANS que acabam de ser
atualizadas.
No mesmo período e sentido de alta, a receita de contraprestações das operadoras (mensalidade dos
beneficiários) foi de R$ 58,6 bilhões, um aumento de 14,9% em relação a junho de 2013. O
superintendente-executivo do IESS, Luiz Augusto Carneiro, alerta que o ritmo de crescimento das
despesas tem se mantido historicamente em patamar mais elevado do que o das receitas.
"Se analisarmos os últimos nove anos, desde 2006, o comportamento das despesas assistenciais e das
receitas tende a indicar o comportamento anual", disse em comunicado ao mercado. O superintende
explica que o comportamento de despesas assistenciais e receitas registrados no primeiro semestre
tende a se repetir no segundo, ou seja, quando as despesas crescem mais do que as receitas na
comparação entre junho de um ano e o mesmo mês do ano anterior, o balanço anual, historicamente,
segue o mesmo ritmo. "A tendência é que as despesas assistenciais cresçam mais do que as receitas em
2014 e, frente a este cenário, as operadoras precisam ficar atentas para reverter esse cenário", alertou.
Carneiro ressalva, contudo, que esses números tratam apenas das despesas assistenciais, ou seja, os
gastos das operadoras com serviços de saúde utilizados por seus beneficiários. "É preciso lembrar que
as receitas das operadoras ainda precisam cobrir as despesas administrativas e tributos, que como nos
demais setores são bastante elevados", completou. |
28/10/2014
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