Untitled Document

Notícia Completa



IMPORTANTE - MAPFRE ESTÁ COM PLANO PÓS PAGO PARA SAÚDE

A seguradora espanhola Mapfre, que recém ingressou nos ramos de saúde e odontológico, tem expectativas de crescimento não só de beneficiários e receitas, mas também quanto à possibilidade de abocanhar o balcão de vendas do Banco do Brasil. Com cerca de 27 mil vidas e capital de R$ 20 milhões, a companhia espera triplicar o número de beneficiários e faturar R$ 180 milhões neste ano. A proposta da Mapfre em saúde, cuja operação está à parte da parceria que a espanhola detém com o BB, é atuar com planos pós­pagos. Responsável por menos de 4% do mercado brasileiro, que soma cerca de 55 milhões de beneficiários, o modelo consiste na cobrança dos custos médicos após a utilização dos serviços. O ganho da seguradora está na cobrança de uma taxa de administração. Um forte impulso para a operação seria a sua inclusão na parceria que a espanhola já possui com o BB no Brasil para automóvel, patrimônio, rural e vida sob o controle da BB Seguridade. Hoje, a SulAmérica é quem utiliza o balcão do BB para vender seguro saúde, mas não há exclusividade na parceria. Sobre a possibilidade de explorar a rede do BB para vender saúde, Eduardo Freitas, diretor geral de previdência e saúde da Mapfre, é direto: "Adoraríamos". Afirma, porém, que ainda não existem conversas com o BB nesta direção. Apesar de mais limitado que o de outras concorrentes locais, o modelo da espanhola, segundo Freitas, é uma oportunidade competitiva para crescer no ramo de saúde suplementar. Ele admite que o setor é competitivo e complexo ao mesmo tempo, mas garante que as oportunidades existem e são boas. "Operamos em 46 países e o Brasil era um dos poucos em que não oferecíamos seguro saúde. Há necessidade de novos players com propostas diferentes. Se tivesse bem assistido, não entraríamos", disse o executivo, em entrevista ao Broadcast, serviço de notícias em tempo real da Agência Estado. Por isso, conta ele, a Mapfre optou por começar do zero em saúde, após dois anos estruturando sua operação. Apesar de o segmento passar por um movimento de consolidação nos últimos anos, Freitas explica que aquisições de carteiras já compostas podem trazer um risco elevado para a operação. E no negócio de saúde, avaliar bem o perfil dos clientes, processo conhecido como subscrição no mercado de seguros, é determinante para que seja rentável. A proposta da seguradora espanhola também inclui programas de prevenção e promoção à saúde nas empresas. Alinhada com a estratégia de grandes deste setor como SulAmérica, Amil e Bradesco Saúde, visa não só orientar pessoas para uma vida mais saudável, mas ajudar as companhias na redução dos custos com planos de saúde que, em algumas corporações, ameaçam a oferta do benefício. Em troca, a Mapfre embolsa metade da economia obtida. "Este ano, a inflação médica vai subir mais de 15%. De cara, os planos de saúde empresariais ficarão 15% mais caros. As despesas médicas estão despregadas do crescimento das empresas. Quais setores crescem hoje 15%?", questiona o diretor da Mapfre. A operação da espanhola em saúde está em São Paulo, Rio de Janeiro e Minas Gerais e deve chegar em todo o Brasil em breve. Como o negócio exige escala, a seguradora optou por ter uma rede credenciada ao invés de própria. Sua rede conta com três mil prestadores como hospitais, médicos e laboratórios e deve crescer mais, conforme Freitas. Apesar do foco no modelo pós­pago, a Mapfre não descarta operar de forma tradicional, pré­paga como já faz no odontológico, a partir do ano que vem, segundo ele, para explorar também o potencial de pequenas e médias empresas. Assim como as demais competidoras de saúde, a Mapfre vai concentrar sua operação no ramo empresarial. Em relação ao individual, que pode em breve passar por mudanças por conta de medidas que estão em estudo no governo para estimular o segmento, Freitas diz que há interesse, mas depende do que virá pela frente. mundo e 54% da América Latina, emitiu R$ 16,8 bilhões de prêmios em 2



02/03/2015