ANS - TOMA POSSO O NOVO PRESIDENTE DA ENTIDADE.
O novo diretor-presidente da Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS), José Carlos de Souza
Abrahão, tomou posse nesta terça (23), no Rio de Janeiro, prometendo ouvir os consumidores para
garantir qualidade e segurança dos serviços prestados na área de saúde.
O médico pediatra informou que as demandas recebidas em canais como 0800, portal na internet e
por meio da ouvidoria serão sempre meios para o monitoramento do setor, servindo ainda para o
aperfeiçoamento da regulação e geração de informações de interesse da sociedade.
“Programas como o monitoramento da garantia de atendimento e a mediação de conflitos por meio
da Notificação de Intermediação Preliminar (NIP) serão reforçados para oferecermos à sociedade
dinamismo e resolutividade em sua defesa”, acrescentou.
Abrahão destacou que a ANS vai se empenhar para garantir a diversidade na oferta dos produtos,
com vistas a permitir a concorrência saudável e manter as obrigações legais, autorizando e
monitorando reajustes, além de coibir abusos eventualmente detectados. “Não está na pauta liberar
os reajustes. Os direitos adquiridos dos consumidores têm que ser sempre respeitados e
preservados”, disse.
Na avaliação de Abrahão, é preciso levar em consideração o novo perfil socioeconômico da
população, que conquistou maior sobrevida. Apesar disso, segundo ele, ainda há grande transição
epidemiológica, com a população sofrendo doenças infectocontagiosas e acometida por doenças
degenerativas, hipertensão e diabetes. “Portanto, necessitamos incentivar os programas de atenção
à saúde do idoso e promoção à longevidade”, indicou.
A ministra interina da Saúde, Ana Paula Menezes, presente na posse, defendeu que o Sistema
Único de Saúde (SUS) e a ANS. Ela destacou que essas são entidades que se complementam para
garantir atenção à saúde de qualidade. De acordo com ela, o grande desafio é potencializar cada
vez mais as áreas de convergência do Ministério da Saúde e da ANS. “Como exemplo, precisamos
construir juntos e reforçar uma política nacional de promoção e prevenção à saúde. Não precisa ter
uma política nacional para o SUS e outra para o ANS. Podemos fazer isso de maneira conjugada.
Além disso, podemos partilhar a organização de sistemas regionais de saúde e, também
conjuntamente, enfrentar problemas que nos acometem, como o combate rigoroso à fraude e à
corrupção dentro do sistema”, apontou.
Para a ministra, alguns aspectos precisam ser alvo de regulação, e para atender com qualidade é
necessário considerar a sustentabilidade do setor. “É fundamental que se trabalhe em uma
perspectiva de incentivo à concorrência e aumento da governança regulatória, principalmente para
garantir previsibilidade. Acho que previsibilidade é algo que traz tranquilidade a quem participa do
setor, seja como operador, seja como segurador ou como usuário. Isso mantém, de forma clara e
explícita, as missões, as responsabilidades e as entregas. Isso é bom para o sistema e fortalece os
usuários do sistema”, informou. |
26/06/2015
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