IMPORTANTE - AS DIFICULDADES DO MERCADO DE PLANOS DE SAÚDE
O mercado de planos de saúde enfrenta uma grave crise, com redução de beneficiários e
possibilidade de mais quebra de operadoras, segundo especialistas do setor.
Só no último trimestre (de julho a setembro), a perda foi de 236,2 mil clientes.
A desaceleração começou há um ano, quando a taxa de crescimento começou a cair.
No mês passado, o setor registrou a perda de 164,4 mil beneficiários.
A quebra da Unimed Paulistana, que figurava entre as maiores do sistema Unimed,
acendeu o alerta vermelho.
"A Unimed Rio já está sofrendo intervenção da ANS. A Unimed Paulistana estava sofrendo
intervenção da ANS desde 2009 e durante esse período a situação piorou, culminando na
catástrofe anunciada em setembro", afirma.
Para a FenaSaúde (Federação Nacional de Saúde Suplementar), a retração do mercado pode ser
atribuída à atual crise econômica, em especial à retração do mercado de trabalho e do rendimento
real dos brasileiros.
A Abramge (Associação Brasileira de Medicina de Grupo) diz que a situação do setor também foi
agravada pela inclusão de novos procedimentos que os planos são obrigados a oferecer.
"O reajuste autorizado pelo governo [no caso dos planos individuais] não paga esses custos.
Estamos numa encruzilhada. O setor está destruído", diz Pedro Ramos, diretor da Abramge.
Os planos individuais representam cerca de 20% do mercado.
Mas Ramos não acredita em "quebradeira geral" do setor. "Haverá concentração de mercado.
As empresas mais sólidas vão ter que socorrer as que estão em dificuldades."
"O plano de saúde é o terceiro principal desejo do brasileiro, atrás de educação e da casa própria.
Então, é natural que, enquanto houver condições financeiras, os beneficiários e as empresas
tentarão preservar esse benefício."
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29/10/2015
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